Fonte: http://www.rioeduca.net/blogViews.php?id=1915
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A Educopédia e o Rioeduca foram convidados para participar da Educaparty, uma extensão da Campus Party, que ocorreu entre os dias 7 e 10 de fevereiro.
Veja como foi essa experiência
(Subsecretário Rafael Parente e os professores Francisco Velasquez, Gabriela da Silva e Paula Santos)
A Campus Party, em sua quinta edição, contou com a presença de 7 mil campuseiros. Mas este ano trouxe uma grande novidade: a EducaParty.
A Educaparty é um evento que objetiva aproximar educação e inovações em tecnologias digitais. Foi a primeira vez que o evento ocorreu no Brasil. Sua primeira edição aconteceu em Valência, na Espanha.
A Fundação Telefônica, uma das organizadoras do evento, levou cerca de 250 educadores de diferentes cidades brasileiras para usufruir da programação promovida tanto na Arena quanto na Zona Expo e também para participar de uma programação pensada especialmente para os que estão ligados na educação do Século XXI e na aprendizagem com uso educacional das novas tecnologias.
Sendo assim, a EducaParty transformou-se em espaço ideal para que, conectados, professores compartilhassem suas experiências profissionais.
A programação especial para gestores e professores começou no dia 7 de fevereiro, promovendo uma enorme interação em grupo. Em seguida, houve um bate-papo informal com o educador Sugata Mitra, que mais tarde fez uma apresentação para o público geral na Arena do Campus Party.
Sugata Mitra levou os educadores a uma reflexão sobre tecnologias e sobre o protagonismo do aluno, citando como exemplo suas experiências com crianças indianas, gerando um prazeroso debate e uma excelente troca de experiências. Foi audacioso na sua fala de que professores podem ser substituídos por máquinas, mas justificou: “O professor que pode ser substituído por uma máquina deve ser substituído”.
(Sugata Mitra)
Mitra acredita nos vanços tecnológicos e elucida isso com a tecnologia do celular. "Se tiver que projetar os próximos cinco anos, eu diria que o celular da forma como hoje conhecemos vai desaparecer, por isso não poderão mais ser proibidos nas salas de aula. Talvez sejam transformados em um chip implantado no corpo humano."
Além disso, o professor também ressaltou a importância dos jogos para a mente humana e provocou mais polêmica ao afirmar que um jogo como Angry Birds ensina mais do que um jogo didático. Para ele, o jogo se equivale a uma aula de gerenciamento de recursos e pode ensinar tanto quanto um MBA.
Outro grande destaque foi a gravação do programa “Digi_Tas Speedy” com o apresentador Marcelo Tass, com transmissão ao vivo pela internet. Sob o tema ‘Educação e Internet’, Tass discutiu os avanços, vantagens e novas possibilidades que a web vem proporcionando, ao longo dos últimos anos, no sistema educacional e entrevistou o professor Luiz Algarra, consultor especializado em fluxo de conversação para grupos humanos.
(Marcelo Tass)
Entre outros destaques, a EducaParty ofereceu debates com vários educadores e pesquisadores renomados como Cristina Mori, Jader Gama, Joana Varon Ferraz, Maria Amélia Kuhlmann Fernandes, Felipe Sanches, Nelson Pretto, Tel Amiel, Regina Helena Alves da Silva, Lynn Alves, Luciano Meira, Gustavo Soares Steinberg, Sabrina Carmona, Eveline de Souza Erbele, Suintila Pedreira.
Eu e a coordenadora pedagógica da Educopédia, Monica Souza, estivemos presentes nos dois primeiros dias.
Mas o ponto culminante para a nossa rede foi quando, mediados por Luciana Cavalini, gerente de Comunicações e Relações Institucionais da Fundação Telefônica/VIVO, o Subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais Rafael Parente, Rodrigo Nejm (diretor da Safernet, Brasil, que já foi nosso convidado no 1º #ERT sobre Bullying e Cyberbullying), Vânia Sandeville, Carolina Quattrer Pinheiro e Laís Souza Costa debateram sobre "Ética Digital, o uso responsável da web".
Rodrigo Nejm começou o debate afirmando que valores e ética devem orientar sempre as ações das pessoas, não importando se a pessoa estiver ou não conectado à internet e colocou em evidência as questões de segurança nos equipamentos e nas mídias, mas sim no ensino e vivências da ética e da cidadania.
Já Rafael Parente demonstrou sua preocupação com o fato de que as crianças não têm noção de que o que elas colocam na Internet não pode ser apagado. Citou também que redes educacionais do Brasil e do mundo geralmente têm por hábito proibirem muito, porém afirma que proibição não é educação. Segundo o Subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais, só se educa nesse sentido através de debates e orientações.
A professora da rede municipal do Rio de Janeiro e educopedista Gabriela da Silva foi convidada para participar desse debate e contou que usa o computador frequentemente em sala de aula e que por isso já teve problemas envolvendo ética e segurança, mas que procura resolvê-los com participação e respeito. Acredita que o uso consciente seja sinônimo de bom uso, citando que isso ocorre com seus alunos no Orkut e no Facebook.
Gabriela falou da importância do trabalho compromissado dos docentes na orientação ao uso da tecnologia, o que muitas vezes não ocorre. Para a professora, deve haver ética não só no uso da tecnologia, mas na vida de maneira geral.
A professora e também educopedista Paula Regina Machado dos Santos, que participou nos dois últimos dias do evento e que assistiu ao debate em que participou o Subsecretário Rafael Parente, enviou-nos o seu relato, que segue:
“Tudo ao mesmo tempo agora’, é assim que podemos descrever esse evento tão grandioso e tão interessante.
A Campus Party é o maior acontecimento tecnológico do mundo nas áreas de inovação, ciência, cultura e entretenimento digital. E, esse ano, a #cpbr5 trouxe junto, a Educaparty: espaço no qual educadores conectados compartilhassem suas experiências profissionais.
Ao entrarmos, a nossa primeira expressão foi: “Uau!”. Era tanta gente, tantos computadores, tantas informações. Ficamos meio tontos, pois não sabíamos para que lado olhar.
Nosso primeiro contato lá foi com a querida Sonia Bertocchi que nos recebeu com um imenso carinho e elogiou de imediato as nossas lindas blusas da Educopédia. Ela é a responsável pelo twitter oficial da Educarede, da Fundação Telefônica, e acompanhou tudo bem de perto, nos mínimos detalhes.
Logo em seguida, nosso Subsecretário de Novas Tecnologias, Rafael Parente, apareceu por lá para dar início ao seu debate: Ética Digital e o uso responsável da web.
Uma das falas mais marcantes foi com relação ao impacto da tecnologia em nossas vidas: “Se a tecnologia impacta a vida de todo mundo e na escola a gente trata da formação das pessoas, a tecnologia tem que ser um fim.”
O debate foi bastante interessante e construtivo. Inclusive, tivemos a participação da Professora Gabriela Silva. Nossa Gabi contribuiu positivamente na discussão mostrando sua experiência em sala de aula, falando sobre o uso das novas tecnologias e, claro, da Educopédia.
Ao final desse, fomos assistir a outros debates e conhecer o Campus mais a fundo.
Aprendemos, descobrimos coisas novas, jogamos, brincamos, lemos e tivemos uma boa dose de diversão e overdose de conhecimento!
Podemos dizer que a experiência foi única! O evento é realmente de uma magnitude esplendorosa!
E deixamos aqui o nosso desejo: queremos uma #CampusPartyRio!!!”
Assista ao vídeo produzido pela educopedista Gabriela da Silva
Leia também este texto do subscretário Rafael Parente com suas conclusões acerca do debate:
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